O texto discute a relação entre linguagem e autismo, citando o estudo de Kanner que afirmava que a linguagem não era feita para comunicar para os autistas. No entanto, pesquisas mais recentes mostram que crianças autistas que foram expostas a linguagem desde cedo tiveram evoluções mais favoráveis. O autor aponta que o preconceito contra a linguagem dos autistas tem impedido desenvolvimentos importantes na terapia e educação dessas crianças. Ele defende uma escuta analítica por parte dos terapeutas, que permita a emergência da fala da criança autista e ajude os pais a valorizarem a comunicação dessas crianças, rompendo o círculo vicioso que se instala com a falta de comunicação.