Na autoficção transgressora e despudorada, Luís Capucho narra sua experiência no cinema Orly, espaço de encontros homossexuais nos anos 90. Entre homens, travestis e uma vendedora, o prazer é buscado furtivamente. O autor descreve a rotina do local com detalhes, destacando a dualidade entre paraíso e inferno. O anonimato e a sociabilização se misturam, criando um ambiente único, longe da violência urbana. Capucho intercala a narrativa com letras de suas músicas, revelando um mundo à parte, com suas próprias regras e dinâmicas.